sábado, 2 de julho de 2011

Álvares de Azevedo

Olá a todos, hoje falarei um pouco sobre um importante poeta de nossa história, um poeta do chamado ''mal-do-século'' o grande Álvares de Azevedo.
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 12 de Setembro de 1831 em São Paulo, filho de Inácio Manuel Álvarez de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passando a maior parte de sua infância no Rio de janeiro voltando posteriormente a São Paulo para estudar na Faculdade de Direito do largo de São Francisco (também conhecida como "Faculdade das Arcadas" pela sua arquitetura) onde ganhou fama por suas precoces produções literárias.
Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo (Shakeaspeare), Parisina (Lord Byron), fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano, fez parte da Sociedade Epicureia e iniciou o poema épico Conde Lopo, do qual, hoje só restam fragmentos.
Não concluiu o curso pois foi vítima de tuberculose pulmonar nas férias de 1851 a 1852 agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, vindo a falecer aos 21 anos.
A sua obra compreende: 
-Poesias diversas
-Poema do Frade
-Macário
-O livro de Fra Gondicário
-Noite na taverna
-Cartas
-Vários ensaios
-Lira dos vinte anos

Influências: Goethe, François-René de Chateaubriand e Alfred de Musset.

Lembrança de morrer

No more! O never more!
SHELLEY
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro...
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro...
Como o desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia,
Só levo uma saudade — é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade — e dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
E de ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minhas tristezas te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos, — bem poucos! e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei!... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Ó tu, que à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se vivi... foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu! eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz! e escrevam nela:
— Foi poeta, sonhou e amou na vida. —
Sombras do vale, noites da montanha,
Que minh’alma cantou e amava tanto,
Protejei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe um canto!
Mas quando preludia ave d’aurora
E quando, à meia-noite, o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri as ramas...
Deixai a lua pratear-me a lousa!

É Ela! É Ela! 

 

É ela! é ela! — murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou — é ela!...
Eu a vi... minha fada aérea e pura,
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas...
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!
Quase caí na rua desmaiado!
Afastei a janela, entrei medroso:
Palpitava-lhe o seio adormecido...
Fui beijá-la... roubei do seio dela
Um bilhete que estava ali metido...
Oh! De certo ... (pensei) é doce página
Onde a alma derramou gentis amores!...
São versos dela... que amanhã decerto
Ela me enviará cheios de flores...
Trem de febre! Venturosa folha!
Quem pousasse contigo neste seio!
Como Otelo beijando a sua esposa,
Eu beijei-a a tremer de devaneio...
É ela! é ela! — repeti tremendo,
Mas cantou nesse instante uma coruja...
Abri cioso a página secreta...
Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja!
Mas se Werther morreu por ver Carlota
Dando pão com manteiga às criancinhas,
Se achou-a assim mais bela... eu mais te adoro
Sonhando-te a lavar as camisinhas!
É ela! é ela! meu amor, minh’alma,
A Laura, a Beatriz que o céu revela...
É ela! é ela! — murmurei tremendo,
E o eco ao longe suspirou — é ela!

Sonhando 

 

Hier, la nuit d’été, que nous prêtait ses voiles, Était digne de toi, tant elle avait d’étoiles!
VICTOR HUGO
Na praia deserta que a lua branqueia,
Que mimo! que rosa! que filha de Deus!
Tão pálida... ao vê-la meu ser devaneia,
Sufoco nos lábios os hálitos meus!
Não corras na areia,
Não corras assim!
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
A praia é tão longa! e a onda bravia
As roupas de gaza te molha de escuma...
De noite, aos serenos, a areia é tão fria...
Tão úmido o vento que os ares perfuma!
És tão doentia...
Não corras assim...
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
A brisa teus negros cabelos soltou,
O orvalho da face te esfria o suor,
Teus seios palpitam — a brisa os roçou,
Beijou-os, suspira, desmaia de amor!
Teu pé tropeçou...
Não corras assim...
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
E o pálido mimo da minha paixão
Num longo soluço tremeu e parou,
Sentou-se na praia, sozinha no chão,
A mão regelada no colo pousou!
Que tens, coração
Que tremes assim?
Cansaste, donzela?
Tem pena de mim!
Deitou-se na areia que a vaga molhou.
Imóvel e branca na praia dormia;
Mas nem os seus olhos o sono fechou
E nem o seu colo de neve tremia...
O seio gelou?...
Não durmas assim!
O pálida fria,
Tem pena de mim!
Dormia: — na fronte que níveo suar...
Que mão regelada no lânguido peito...
Não era mais alvo seu leito do mar,
Não era mais frio seu gélido leito!
Nem um ressonar...
Não durmas assim...
O pálida fria,
Tem pena de mim!
Aqui no meu peito vem antes sonhar
Nos longos suspiros do meu coração:
Eu quero em meus lábios teu seio aquentar,
Teu colo, essas faces, e a gélida mão...
Não durmas no mar!
Não durmas assim.
Estátua sem vida,
Tem pena de mim!
E a vaga crescia seu corpo banhando,
As cândidas formas movendo de leve!
E eu vi-a suave nas águas boiando
Com soltos cabelos nas roupas de neve!
Nas vagas sonhando
Não durmas assim...
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
E a imagem da virgem nas águas do mar
Brilhava tão branca no límpido véu...
Nem mais transparente luzia o luar
No ambiente sem nuvens da noite do céu!
Nas águas do mar
Não durmas assim...
Não morras, donzela,
Espera por mim!

Pálida Imagem

Et pourtant que le parfum d’un pur
amour est suave!
GEORGE SAND
Meu pobre coração que estremecias,
Suspira a desmaiar no peito meu:
Para enchê-lo de amor, tu bem sabias
Bastava um beijo teu!
Como o vale nas brisas se acalenta,
O triste coração no amor dormia;
Na saudade, na lua macilenta
Sequioso ar bebia!
Se nos sonhos da noite se embalava
Sem um gemido, sem um ai sequer,
E que o leite da vida ele sonhava
Num seio de mulher!
Se abriu tremendo os íntimos refolhos,
Se junto de teu seio ele tremia,
E que lia a ventura nos teus olhos,
É que deles vivia!
Via o futuro em mágicos espelhos,
Tua bela visão o enfeitiçava,
Sonhava adormecer nos teus joelhos...
Tanto enlevo sonhava!
Via nos sonhos dele a tua imagem
Que de beijos de amor o recendia...
E, de noite, nos hálitos da aragem
Teu alento sentia!
Ó pálida mulher! se negra sina
Meu berço abandonado me embalou,
Não te rias da sede peregrina
Dest’alma que te amou...
Que sonhava em teus lábios de ternura
Das noites do passado se esquecer...
Ter um leito suave de ventura...
E amor onde morrer!

Fontes: Wikipedia.org e PortalSaofrancisco.com.br

 


domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos Namorados na Taverna


Olá a todos, como vocês sabem hoje é o dia dos namorados, dia em que vocês, ao menos os que tem um consorte, namorada, mulher, amante rsrs, enfim dia em que comemoram o amor de um pelo outro, mas vocês provavelmente devem ter se perguntado alguma vez do porque dessa data ser escolhida para essa comemoração, então aqui está uma matéria com a história dessa comemoração através das eras.

O dia dos namorados é comemorado todo dia 12 de junho no Brasil e todo dia 14 de fevereiro em outros países (Onde é comemorado o dia de São Valentim).
Comemoramos essa data aqui no Brasil por ser véspera da celebração do famoso Santo casamenteiro Santo Antônio

Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos. Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália. Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade.
A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias.
Após uma crise de hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses depois de sua morte) pelo papa Gregório IX. 


Voltando agora ao dia dos namorados(12 de junho), essa data provavelmente foi criada no comércio paulista pelo publicitário João Dória que trouxe a idéia do exterior e apresentou-a aos comerciantes.A idéia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim que nos países do hemisfério norte ocorre é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os casais apaixonados.
Já o dia de São Valentim, comemorado em 14 de fevereiro deve sua origem a Roma antiga e Lupercália, (festival pastoril romano em homenagem a pã), a celebração da Lupercália durou durante cerca de 800 anos até que o Papa Gelásio I a proibiu por ser uma festa pagã e instituiu o 14 de fevereiro como dia de São Valentim para que a celebração cristã absorvesse o paganismo da data.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como''Seu Namorado'' ou ''De seu Valentim''.

 
 Fontes: Wikipédia.org, wagsantos.sites.uol.com.br e diadosnamorados.kazulo.pt.

domingo, 5 de junho de 2011

Um clássico de Stanley Kubrick

O diretor Stanley Kubrick cria junto com o ator Peter Sellers no filme Dr. Fantástico um manifesto antibélico rodado propositalmente em Preto & Branco para criar uma atmosfera tensa, pesada e de época, ambientado na passagem dos anos 1950 e 1960, auge da Guerra Fria.
É o Capitalismo versus Comunismo. As potências hegemônicas com seu poder de destruição sem precedentes na história das guerras.
O filme é uma comédia de humor negro, expondo a paranóia da Guerra Fria através dos personagens vividos por Sellers. No filme, Sterling Hayden como general Jack D. Ripper, um paranóico e ultrapatriótico (cujo nome é uma referência ao célebre serial killer Jack, o Estripador) general que enlouquecido e achando que os comunistas estariam poluindo os preciosos fluidos corporais da América, ordena um ataque nuclear à União Soviética.
A partir daí, o clima entre as potências fica tenso. Kubrick coloca Sellers como presidente americano na Sala de Guerra, com a incumbência de demover um premiê russo de retaliar a ação enlouquecida de seu general, pondo em risco uma guerra nuclear, quando o chanceler anuncia que, se atacado, uma máquina desenvolvida pelos russos, chamada de Máquina do Juízo Final (há quem diga que havia realmente uma série de bombas escondidas nos montes Urais) que exterminaria toda a raça humana.
O diretor Stanley Kubrick utiliza-se em sua paródia a guerra de cenas de duplo sentido, como a placa ao fundo na Sala de Guerra dizendo “PAZ É A NOSSA PROFISSÃO” e da presença do Dr. Fantástico (mais um papel magistral de Sellers) na reunião, Dr. Fantástico que havia servido a Hitler no III Reich e que, após a II Guerra tornara-se conselheiro do presidente americano.
E é o próprio Dr. Fantástico, um ex-cientista, que confirma a existência da Máquina do Juízo Final. Em suas falas, Dr. Fantástico chega a se dirigir ao presidente americano como Führer (alusão a Hitler), além de um estranho movimento que faz foge ao seu controle, como a saudação nazista Sieg Heil.
A cena ao final do filme em que o oficial com ares de cowboy T. King Kong monta na bomba é impagável, surreal, distorcendo qualquer tipo de raciocínio lógico.
O filme foi escolhido para ser preservado pelo Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos. Em 2000, os leitores da revista Total film votaram-no como a 24ª maior comédia de todos os tempos e é considerado o 15º melhor filme de todos os tempos pelo site TopTenReviews Movies. 
O crítico de cinema americano Roger Ebert colocou Dr.Strangelove em sua lista de Grandes Filmes, afirmando que ele é "possivelmente a melhor sátira política do século". Também obteve o quinto lugar na lista das melhores direções do cinema feito pelo Instituto de Cinema do Reino Unido, sendo a única comédia entre os dez primeiros.
Trailer de Dr.Strangelove

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Uma pausa no blog

Olá pessoal, estou só comunicando que o blog está parado por um tempo por causa das provas da minha faculdade, estou estudando pra elas e ando meio sem tempo então o blog deve ficar parado até a semana que vem quando acabam as provas.
Um abraço para todos

sábado, 14 de maio de 2011

Um pouco de poesia

Olá amigos, hoje aproveitarei para postar aqui alguns poemas de minha autoria e será a primeira vez que coloco material meu aqui no blog, espero que gostem.



Dia de chuva

A chuva cai vertiginosamente
Levando para longe a nódoa que ficou
Resíduos em nossas almas

A chuva cai e leva
Leva para longe de mim sua lembrança
Seu vulto errante em minh'alma

Ela cai e leva
Leva e lava
Leva a vida e lava a alma
Leva a alma e lava a vida.


Entre ruas

Entre as ruas de Praga
Conheci você
Encontrei-a à esquina da taberna
Onde os amantes entornam a paixão em doses de romance

Entre as ruas de Paris
Bailei com você
Até a meia-noite sob uma lua cheia eterna
Que por mim teria durado para sempre

Então...

Nas ruas da tragédia
Você me deixou, indo de encontro ao seu destino
Seu sangue ainda corre em minh'alma, seu beijo ficou nos meus lábios
Onde você nunca será esquecida, minha alma volta a Praga e Paris sempre que se lembra de você.

O fim

Levanto e olho para a cidade mergulhada nas trevas
O caos tornou-se lei
O céu envolto por névoas

Vejo o outro lado da moeda da vida
O lado escuro da Lua

Apenas espero o apertar do botão
Apenas espero o gatilho ser puxado

Olho as notícias...O tirano foi derruabado
O morto foi embalsamado
Mais um complô do governo foi desmascarado
E nada até então tem mudado.

É assim desde o início
O fim que não vai chegar
Porque a humanidade acabou antes mesmo de começar.


Para sempre

Desce as escadas do paraíso
Vem a meu encontro
Beija minh'alma, ameniza minha dor.

Te levo por entre labirintos de sonhos
Aqueço tua alma com meus beijos
Te arrebato com meu amor.

Que o nosso sonho nunca acabe
Nossa chama nunca apague
Eu te amo com ardor
Para sempre meu amor.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cinema expressionista alemão

Olá, hoje farei uma postagem sobre o estilo cinematográfico conhecido como Cinema expressionista alemão.

                                     (Acima, cena do filme ''O gabinete do Dr. Caligari'')

Antes de tudo vamos lembrar que diferente das outras áreas da arte, o expressionismo chegou ao cinema em 1919, ou seja, de maneira tardia.O termo "expressionismo" foi utilizado pela primeira vez pelo pintor francês Julien-Auguste Hervé, que usou a palavra  ''expressionisme'' para designar uma série de quadros apresentados no ''Salão dos Independentes'' de Paris em 1901, em contraste com o Impressionismo.
O expressionismo surgiu como uma reação ao Impressionismo, diferindo dos Impressionistas que imprimiam na tela o mundo circundante através do uso dos sentidos, os expressionistas refletiam o mundo interior com obras carregadas de conteúdo simbólico.
A aparição do expressionismo na Alemanha  não foi um fato aleatório, mas é explicado pelo profundo estudo da arte durante o século XIX pelos filósofos, artistas e teóricos alemães, do romantismo e as múltiplas contribuições para o campo da estética de personagens como Wagner e Nietzsche, para a estética cultural e para a obra de autores como Konrad Fiedler ("Para julgar obras de arte visual", 1876), Theodor Lipps ("Estética", 1903-1906) e Wilhelm Worringer ("Abstração e empatia", 1908). Esta corrente teórica deixou uma profunda marca nos artistas alemães de finais do século XIX e princípios do XX, centrada sobretudo na necessidade de se expressar do artista (a "innerer Drang" ou necessidade interior, princípio que assumiu posteriormente Kandinsky), bem como a constatação de uma ruptura entre o artista e o mundo exterior, o ambiente que o envolve, fato que o torna num ser introvertido e alienado da sociedade.

Os primeiros filmes expressionistas: ''O estudante de Praga'', ''O gabinete do Dr. Caligari'', ''O golem'', ''Nosferatu''(entre outros)...Eram filmes altamente simbólicos e estilizados.
As estórias desses filmes lidavam com temas como a Loucura, traição, insanidade e outros tópicos intelectuais (opondo-se aos típicos filmes de romance e aventura).
Infelizmente o cinema expressionista não duraria muito desaparecendo logo após alguns anos tendo porém suas características sendo implementadas em filmes das décadas de 20 e 30.Dois gêneros do cinema que foram fortemente influenciados por esse movimento artístico foram os filmes de Terror e o cinema Noir.
Filmes como Dracula (1931) e O fantasma da Ópera mostram o legado do cinema expressionista.
                           (Bela Lugosi como Drácula na versão de 1931 do clássico).

                       
                                                       (O gabinete do Dr. Caligari)
                                   (Dracula, versão de 1931 estrelada por Bela Lugosi)

Fontes: en.wikipedia.org e pt.wikipedia.org

domingo, 1 de maio de 2011

Gênios da música

Olá, hoje trago pra vocês um pouco sobre a vida de alguns dos gênios da música e alguns de seus trabalhos, falaremos de Bach, Beethoven, Tchaikovsky, Vivaldi, Haydn e Mozart.
 
Bach




Bach, Johann Sebastian (1685-1750), organista e compositor alemão do período barroco.Foi um dos mais produtivos gênios da música européia. Nasceu em Eisenach, na Turíngia, no seio de uma família que durante sete gerações deu origem a pelo menos 53 músicos de importância, desde Veit Bach até Wilhelm Friedrich Ernst Bach. Johann Sebastian recebeu suas primeiras lições musicais de seu pai, Johann Ambrosius, que era músico na cidade. Casou-se duas vezes e teve 20 filhos. Desempenhou diversos cargos: membro de coral, maestro de câmara, violinista de orquestra de câmara do príncipe Johann Ernst de Weimar, organista de igreja, maestro de capela e diretor de orquestra. É conhecido como o mestre supremo do contraponto. Era capaz de entender e utilizar qualquer tipo de recurso musical existente no barroco e combinar numa mesma composição diferentes esquemas rítmicos. Sua capacidade para explorar e valorizar os recursos, estilos e gêneros musicais permitiu-lhe introduzir importantes mudanças na linguagem instrumental. A grandeza de Bach se deve tanto a sua habilidade técnica como à expressividade de sua música. Sua obra é muito extensa: cantatas (cerca de 300), As paixões segundo São João e segundo São Mateus, Magnificat, Missa em si menor, prelúdios, fugas, corais para órgão, concertos de Brandenburgo, concertos para cravo e orquestra, sonatas, entre outras. 



Beethoven


Beethoven, Ludwig van (1770-1827), compositor alemão, considerado um dos maiores da cultura ocidental. Em 1792, viajou a Viena para estudar com Joseph Haydn. Suas composições estavam a meio caminho entre o estilo audacioso do compositor alemão Carl Philipp Emanuel Bach e o delicioso refinamento de Mozart, e, a partir do legado deste e de Haydn, criou uma nova linguagem. Beethoven assimilou em seguida o classicismo vienense em todos os gêneros instrumentais: sinfonia, concerto, quarteto de corda e sonata. Em 1802, expressou o profundo sofrimento que lhe causava sua progressiva surdez no famoso Testamento de Heiligenstadt, um documento para a sociedade em geral. As obras mais importantes de Beethoven podem ser resumidas em 9 sinfonias, 7 concertos (5 para piano, 1 para violino e 1 tríplice concerto para piano, violoncelo e violino), 16 quartetos de corda, 32 sonatas para piano, 10 sonatas para violino e piano, 5 sonatas para violoncelo e piano, 1 ópera, Fidelio, 2 missas e a Missa solene, opus 123, várias aberturas e numerosas variações para piano. Tradicionalmente era considerado como a ponte em direção ao romantismo e sua produção musical é dividida em três períodos, segundo Lenz. Atualmente os críticos o consideram como o último representante da escola vienense clássica, que em lugar de seguir a corrente romântica dedicou-se a desenvolver a música que Mozart e Haydn haviam legado. Após sua chegada a Viena, Beethoven alternou suas composições baseadas em modelos clássicos com as inspiradas em estruturas italianas mais imprecisas, como ocorre na conhecida canção Adelaide (1795). O estilo pessoal de seus últimos anos é uma síntese entre o popular e o acadêmico, entre o festivo e o sublime. Em sua época estas obras foram consideradas demasiadamente avançadas, até mesmo inacessíveis


Haydn

Haydn, Joseph (1732-1809), compositor austríaco, uma das figuras mais influentes no desenvolvimento da música no classicismo ( 1750-1820). Esteve a serviço do príncipe Esterházy (1761-1790) e foi amigo de Wolfgang Amadeus Mozart. Sua produtividade foi reforçada por sua inesgotável originalidade. São características de seu estilo as mudanças repentinas de momentos dramáticos para efeitos humorísticos, assim como sua inclinação por melodias do tipo folclórico. A influência que exerceu no desenvolvimento da sonata foi decisivo. Esta era a forma predominante do classicismo, que os compositores utilizaram até o século XX para criar estruturas musicais cada vez mais extensas. Haydn abrangeu praticamente todos os gêneros vocais, instrumentais, religiosos e seculares. Compôs 107 sinfonias, e os 83 quartetos para corda, que revolucionaram a música, são provas incontestáveis de sua abordagem original de novos materiais temáticos e formas musicais, assim como de sua excelência na instrumentação. Suas 62 sonatas e 43 trios para piano mostram um amplo leque, que vai desde aquelas composições para aficionados até aquelas destinadas a virtuoses do teclado. Também compôs missas e grandes oratórios como A criação (1798) e As estações (1801), óperas, operetas e música dançante. 




Mozart

Mozart, Wolfgang Amadeus (1756-1791), compositor austríaco do período clássico, um dos mais influentes na história da música ocidental. Apesar de sua vida curta e da carreira mal-sucedida, encontra-se entre os grandes gênios da música. Sua imensa produção (mais de 600 obras) mostra uma pessoa que, desde criança, dominava a técnica da composição, além de possuir uma imaginação transbordante. Suas obras instrumentais incluem sinfonias, divertimentos, sonatas, música de câmara para diferentes combinações de instrumentos e concertos. Suas obras vocais são, basicamente, óperas e música religiosa (missas, oratórios). Sua obra combina as doces melodias do estilo italiano com a forma e o contraponto germânicos. Mozart sintetiza o classicismo do século XVII, simples, claro e equilibrado, mas sem fugir da intensidade emocional. Estas qualidades estão patentes em todos seus concertos, com os contrastes dramáticos entre o instrumento solista e a orquestra, e nas óperas, com as reações de suas personagens diante de diferentes situações. Sua produção lírica coloca à mostra uma nova unidade entre a parte vocal e a instrumental, com uma delicada caracterização e o uso do estilo sinfônico próprio dos grandes grupos instrumentais. Suas óperas mais conhecidas são As bodas de Fígaro (1786), Don Giovanni (1787), Così fan tutte (1790) e A flauta mágica (1791). 


Tchaikovsky

Tchaikovsky, Piotr Ilitch (1840-1893), compositor russo, um dos músicos mais destacados do século XIX. Foi aluno de Anton Rubinstein (1875). Suas obras mais conhecidas se caracterizam por suas passagens muito melódicas, com movimentos que sugerem uma profunda melancolia e se combinam com outros, extraídos da música popular. Assim como seu contemporâneo, o compositor russo Nikolai Rimski-Korsakov, Tchaikovsky dominava a orquestração. Os balés, em particular, contêm surpreendentes efeitos de colorido orquestral. Seus trabalhos sinfônicos, com grande conteúdo melódico, também têm um forte desenvolvimento temático abstrato. Em suas melhores óperas, como Eugene Oneguín e A dama de espadas, utilizou passagens melódicas altamente sugestivas para descrever, de forma concisa, uma situação dramática com um efeito intenso. Seus balés, dentre os quais se destacam O lago dos cisnes e A bela adormecida, ainda não foram superados em sua intensidade melódica e em seu brilho instrumental. Compostos em estreita colaboração com o coreógrafo Marius Petipa, representam a primeira tentativa de usar música dramática para dança depois do balé operístico do compositor alemão Christoph Willibald Gluck. Tchaikovsky também ampliou o poema sinfônico, e seus trabalhos neste campo, como a abertura Romeu e Julieta e Hamlet, se destacam por uma evocação altamente melódica do ambiente literário em que baseiam. Esta característica também se aplica à sinfonia Manfredo.
  


Fontes: http://www.partitonline.hpg.com.br e http://en.wikipedia.org

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O reino da Babilônia

Olá todos, hoje trago uma postagem sobre História vinda da terra do Crescente Fértil, terra conhecida principalmente por Mesopotâmia.
Abordarei hoje alguns tópicos sobre uma das civilizações mais fascinantes que já reinaram sobre a terra, A BABILÔNIA.

 A Babilônia como a conhecemos foi uma importante cidade-estado acádia da antiga Mesopotâmia, os restos arqueológicos do que outrora foi uma grande civilização podem ser encontrados em AI Hillah na província de Babil no Iraque.
A Babilônia se tornaria junto dos Sumérios e dos Assírios, um das grandes culturas mesopotâmicas tendo como monumentos que a tornaram famosa, Os Jardins Suspensos (Um dos sete grande monumentos do mundo antigo) e os portões de Ishtar.
O povo da Babilônia tem seu nome apartir de sua capital localizada no rio Eufrates ao oeste da Suméria e ao sul da Assíria estando bem-posicionado para a agricultura porém isento de defesas naturais.
Babilônia foi fundada provavelmente em 1950 AC pelos Amoritas, bárbaros semitas que dominaram boa parte de Canaã, Acádia e Sumer 100 anos antes.
Em 1792 A.C o pequeno reino da Babilônia foi herdado pelo famoso Hammurabi que a governou até 1750.
Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a escrita cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que preservou muitos destes textos até ao presente. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.
Durante seus 42 anos de reinado Hammurabi extendeu seu reino por toda a região de Sumer ao leste e a Acádia ao norte.Ele também deteve os Elamitas (ao leste de Sumer) e os assírios (ao norte da acádia), criando o primeiro grande império babilônio.
Após a morte de Hammurabi o império gradualmente declinou sendo saqueado pelos Hititas em 1595 AC e tendo seus reis depostos.
Dentro de 20 anos novos invasores chamados de Cassitas estabeleceram uma nova dinastia, os cassistas governaram a Babilônia por muitos séculos sendo conquistados posteriormente pelos Assírios em 1158 AC.
Descendentes dos Amoritas retomariam o reino em 1027 AC.
Durante o século 8 e o século 7 a região seria novamente palco de batalhas quando os Caldeus (povos semíticos) e os Assírios lutariam pela Babilônia.Um xeque caldeu veio a a ocupar o trono babilônio e então finalmente destruir Assírios com a ajuda dos Medos.
Em 597 AC Nabucodonosor II  capturou Jerusalém e forçou seu rei e nobres ao exíliod, a cidade viria a ser tomada após um cerco de 18 meses no qual grande parte da população foi deportada para a Babilônia onde permaneceu até serem libertados pelos Persas quando estes conquistaram a região.


(Acima reconstrução dos Portões de Ishtar em um museu em Berlim)


Religião

Os Babilônios eram um povo politeísta mas o Deus patrono de sua capital era Marduk, representado por um dragão, um festival era realizado todo Ano Novo em homenagem à Marduk para garantir a fertilidade das terras.

Economia

A economia do povo babilônio vinha do rio Eufrates com a ajuda de Irrigação e diques que proporcionavam vastas plantações de grãos, vegetais e frutas, além de ovelhas e gado, que eram trocados por cobre, ouro e madeira, estes sendo usados em armas, acasas, jóias e outros.

Fontes: Wikipédia, Microsoft.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O mestre da arte simbolista

Escrevo hoje sobre aquele que considero como um dos maiores poetas da Poesia Brasileira, um dos pioneiros do simbolismo, o grande ''Cruz e Souza''.
Ao final da história de sua vida colocarei aqui alguns de seus melhores poemas...

João da Cruz e Souza nasceu em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) no dia 24 de Novembro de 1861 vindo a falecer em Estação do Sítio em 19 de março de 1898, filho de escravos alforriados ele foi um dos maiores escritores afro-brasileiros.
Em sua infância recebeu a custódia e educação do Marechal Guilherme Xavier de Sousa de quem nosso poeta recebeu o sobrenome.
Aprendeu francês, grego e latim em sua educação além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller com quem aprendeu Matemática e Ciências.
Em 1881 Cruz e Souza dirigiu o jornal Tribuna Popular onde ele lutou contra a escravidão e o preconceito racial.
Cruz e Souza chegou a se casar com uma mulher de nome Gavita com quem teve 4 filhos, teve a dor de ver sua mulher enlouquecer, e perdeu todos os seus filhos de morte prematura, enfrentou uma vida de miséria, doenças e humilhações até morrer vencido por uma das mais devastadoras doenças de sua época, a Tuberculose.

Cruz e Souza escreveu poesias a vida toda porém só uma parte foi organizada e publicada pelo próprio: Missal, Bróqueis, Últimos Sonetos e Evocações, porém só viu publicadas as 2 primeiras obras tendo o resto sido publicado pelo seu amigo, o escritor Nestor Vítor.


Música da Morte
A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa...

Onda nervosa e atroz, onda nervosa,
letes sinistro e torvo da agonia,
recresce a lancinante sinfonia
sobe, numa volúpia dolorosa...

Sobe, recresce, tumultuando e amarga,
tremenda, absurda, imponderada e larga,
de pavores e trevas alucina...

E alucinando e em trevas delirando,
como um ópio letal, vertiginando,
os meus nervos, letárgica, fascina...


Lua


Clâmides frescas, de brancuras frias,
Finíssimas dalmáticas de neve
Vestem as longas arvores sombrias,
Surgindo a Lua nebulosa e leve...

Névoas e névoas frígidas ondulam...
Alagam lácteos e fulgentes rios
Que na enluarada refração tremulam
Dentre fosforescências, calafrios...

E ondulam névoas, cetinosas rendas
De virginais, de prônubas alvuras...
Vagam baladas e visões e lendas
No flórido noivado das Alturas...

E fria, fluente, frouxa claridade
Flutua como as brumas de um letargo...
E erra no espaço, em toda a imensidade,
Um sonho doente, cilicioso, amargo...

Da vastidão dos páramos serenos,
Das siderais abóbadas cerúleas
Cai a luz em antífonas, em trenos,
Em misticismos, orações e dúlias...

E entre os marfins e as pratas diluídas
Dos lânguidos clarões tristes e enfermos,
Com grinaldas de roxas margaridas
Vagam as Virgens de cismares ermos...

Cabelos torrenciais e dolorosos
Bóiam nas ondas dos etéreos gelos.
E os corpos passam níveos, luminosos,
Nas ondas do luar e dos cabelos...

Vagam sombras gentis de mortas, vagam
Em grandes procissões, em grandes alas,
Dentre as auréolas, os clarões que alagam,
Opulências de pérolas e opalas

E a Lua vai clorótica fulgindo
Nos seus alperces etereais e brancos,
A luz gelada e pálida diluindo
Das serranias pelos largos flancos...

Ó Lua das magnólias e dos lírios!
Geleira sideral entre as geleiras!
Tens a tristeza mórbida dos círios
E a lividez da chama das poncheiras!

Quando ressurges, quando brilhas e amas,
Quando de luzes a amplidão constelas,
Com os fulgores glaciais que tu derramas
Das febre e frio, dás nevrose, gelas...

A tua dor cristalizou-se outrora
Na dor profunda mais dilacerada
E das cores estranhas, ó Astro, agora,
És a suprema Dor cristalizada!...


Monja


Ó Lua, Lua triste, amargurada,
Fantasma de brancuras vaporosas,
A tua nívea luz ciliciada
Faz murchecer e congelar as rosas.

Nas flóridas searas ondulosas,
Cuja folhagem brilha fosforeada,
Passam sombras angélicas, nivosas,
Lua, Monja da cela constelada.

Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...

Então, ó Monja branca dos espaços,
Parece que abres para mim os braços,
Fria, de joelhos, trêmula, rezando...


 Velhas Tristezas


Diluências de luz, velhas tristezas
Das almas que morreram para a luta!
Sois as sombras amadas de belezas
Hoje mais frias do que a pedra bruta.

Murmúrios incógnitos de gruta
Onde o Mar canta os salmos e as rudezas
De obscuras religiões -- voz impoluta
De sodas as titânicas grandezas.

Passai, lembrando as sensações antigas,
Paixões que foram já dóceis amigas,
Na luz de eternos sóis glorificadas.

Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
Velhas tristezas que se vão embora
No poente da Saudade amortalhadas!...

sábado, 23 de abril de 2011

Primeira postagem

Olá escrevo aqui dando início a primeira postagem do meu blog sobre artes e cultura em geral.O objetivo desse blog é divulgar a boa e velha informação para todos vocês, informação culta, interessante e de todas as áreas.
Começarei contando um breve resumo da história da pintura que serve de plano de fundo do blog, A MADONNA, e de seu criador, Edvard Munch.
Edvard Munch chegou a pintar 5 versões da Madonna entre 1894 e 1895 em ''óleo sobre tela'', uma dessas versões chegava a medir 91 x 70.5 cm.
A versão de Edvard munch para ''Nossa Senhora'' é obviamente um tanto diferente da padrão tendo sua auréola dourada substituída por uma vermelha que simboliza a dualidade do amor e da dor

Edvard Munch foi um pintor expressionista norueguês nascido em Løten, Noruega 1863 e falecido em Oslo 1944.Munch é conhecido principalmente pelo seu célebre quadro ''O grito'' (acima), que é considerado uma das obras mais importantes do Expressionismo, Munch pintou sua obra-prima aos 30 anos.
Alguns historiadores de arte consideram que o tom avermelhado de fundo no quadro O grito, reflete o efeito na atmosfera ao entardecer, depois da erupção do vulcão da Indonésia, Cracatoa em 1883.
Seu quadro retrata a angústia e o desespero.