Olá todos, hoje trago uma postagem sobre História vinda da terra do Crescente Fértil, terra conhecida principalmente por Mesopotâmia.
Abordarei hoje alguns tópicos sobre uma das civilizações mais fascinantes que já reinaram sobre a terra, A BABILÔNIA.
A Babilônia como a conhecemos foi uma importante cidade-estado acádia da antiga Mesopotâmia, os restos arqueológicos do que outrora foi uma grande civilização podem ser encontrados em AI Hillah na província de Babil no Iraque.
A Babilônia se tornaria junto dos Sumérios e dos Assírios, um das grandes culturas mesopotâmicas tendo como monumentos que a tornaram famosa, Os Jardins Suspensos (Um dos sete grande monumentos do mundo antigo) e os portões de Ishtar.
O povo da Babilônia tem seu nome apartir de sua capital localizada no rio Eufrates ao oeste da Suméria e ao sul da Assíria estando bem-posicionado para a agricultura porém isento de defesas naturais.
Babilônia foi fundada provavelmente em 1950 AC pelos Amoritas, bárbaros semitas que dominaram boa parte de Canaã, Acádia e Sumer 100 anos antes.
Em 1792 A.C o pequeno reino da Babilônia foi herdado pelo famoso Hammurabi que a governou até 1750.
Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a escrita cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que preservou muitos destes textos até ao presente. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.
Durante seus 42 anos de reinado Hammurabi extendeu seu reino por toda a região de Sumer ao leste e a Acádia ao norte.Ele também deteve os Elamitas (ao leste de Sumer) e os assírios (ao norte da acádia), criando o primeiro grande império babilônio.
Após a morte de Hammurabi o império gradualmente declinou sendo saqueado pelos Hititas em 1595 AC e tendo seus reis depostos.
Dentro de 20 anos novos invasores chamados de Cassitas estabeleceram uma nova dinastia, os cassistas governaram a Babilônia por muitos séculos sendo conquistados posteriormente pelos Assírios em 1158 AC.
Descendentes dos Amoritas retomariam o reino em 1027 AC.
Durante o século 8 e o século 7 a região seria novamente palco de batalhas quando os Caldeus (povos semíticos) e os Assírios lutariam pela Babilônia.Um xeque caldeu veio a a ocupar o trono babilônio e então finalmente destruir Assírios com a ajuda dos Medos.
Em 597 AC Nabucodonosor II capturou Jerusalém e forçou seu rei e nobres ao exíliod, a cidade viria a ser tomada após um cerco de 18 meses no qual grande parte da população foi deportada para a Babilônia onde permaneceu até serem libertados pelos Persas quando estes conquistaram a região.
(Acima reconstrução dos Portões de Ishtar em um museu em Berlim)
Religião
Os Babilônios eram um povo politeísta mas o Deus patrono de sua capital era Marduk, representado por um dragão, um festival era realizado todo Ano Novo em homenagem à Marduk para garantir a fertilidade das terras.
Economia
A economia do povo babilônio vinha do rio Eufrates com a ajuda de Irrigação e diques que proporcionavam vastas plantações de grãos, vegetais e frutas, além de ovelhas e gado, que eram trocados por cobre, ouro e madeira, estes sendo usados em armas, acasas, jóias e outros.
Fontes: Wikipédia, Microsoft.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O mestre da arte simbolista
Escrevo hoje sobre aquele que considero como um dos maiores poetas da Poesia Brasileira, um dos pioneiros do simbolismo, o grande ''Cruz e Souza''.
Ao final da história de sua vida colocarei aqui alguns de seus melhores poemas...
João da Cruz e Souza nasceu em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) no dia 24 de Novembro de 1861 vindo a falecer em Estação do Sítio em 19 de março de 1898, filho de escravos alforriados ele foi um dos maiores escritores afro-brasileiros.
Em sua infância recebeu a custódia e educação do Marechal Guilherme Xavier de Sousa de quem nosso poeta recebeu o sobrenome.
Aprendeu francês, grego e latim em sua educação além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller com quem aprendeu Matemática e Ciências.
Em 1881 Cruz e Souza dirigiu o jornal Tribuna Popular onde ele lutou contra a escravidão e o preconceito racial.
Cruz e Souza chegou a se casar com uma mulher de nome Gavita com quem teve 4 filhos, teve a dor de ver sua mulher enlouquecer, e perdeu todos os seus filhos de morte prematura, enfrentou uma vida de miséria, doenças e humilhações até morrer vencido por uma das mais devastadoras doenças de sua época, a Tuberculose.
Cruz e Souza escreveu poesias a vida toda porém só uma parte foi organizada e publicada pelo próprio: Missal, Bróqueis, Últimos Sonetos e Evocações, porém só viu publicadas as 2 primeiras obras tendo o resto sido publicado pelo seu amigo, o escritor Nestor Vítor.
Música da Morte
A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa...
Onda nervosa e atroz, onda nervosa,
letes sinistro e torvo da agonia,
recresce a lancinante sinfonia
sobe, numa volúpia dolorosa...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga,
tremenda, absurda, imponderada e larga,
de pavores e trevas alucina...
E alucinando e em trevas delirando,
como um ópio letal, vertiginando,
os meus nervos, letárgica, fascina...
Lua
Clâmides frescas, de brancuras frias,
Finíssimas dalmáticas de neve
Vestem as longas arvores sombrias,
Surgindo a Lua nebulosa e leve...
Névoas e névoas frígidas ondulam...
Alagam lácteos e fulgentes rios
Que na enluarada refração tremulam
Dentre fosforescências, calafrios...
E ondulam névoas, cetinosas rendas
De virginais, de prônubas alvuras...
Vagam baladas e visões e lendas
No flórido noivado das Alturas...
E fria, fluente, frouxa claridade
Flutua como as brumas de um letargo...
E erra no espaço, em toda a imensidade,
Um sonho doente, cilicioso, amargo...
Da vastidão dos páramos serenos,
Das siderais abóbadas cerúleas
Cai a luz em antífonas, em trenos,
Em misticismos, orações e dúlias...
E entre os marfins e as pratas diluídas
Dos lânguidos clarões tristes e enfermos,
Com grinaldas de roxas margaridas
Vagam as Virgens de cismares ermos...
Cabelos torrenciais e dolorosos
Bóiam nas ondas dos etéreos gelos.
E os corpos passam níveos, luminosos,
Nas ondas do luar e dos cabelos...
Vagam sombras gentis de mortas, vagam
Em grandes procissões, em grandes alas,
Dentre as auréolas, os clarões que alagam,
Opulências de pérolas e opalas
E a Lua vai clorótica fulgindo
Nos seus alperces etereais e brancos,
A luz gelada e pálida diluindo
Das serranias pelos largos flancos...
Ó Lua das magnólias e dos lírios!
Geleira sideral entre as geleiras!
Tens a tristeza mórbida dos círios
E a lividez da chama das poncheiras!
Quando ressurges, quando brilhas e amas,
Quando de luzes a amplidão constelas,
Com os fulgores glaciais que tu derramas
Das febre e frio, dás nevrose, gelas...
A tua dor cristalizou-se outrora
Na dor profunda mais dilacerada
E das cores estranhas, ó Astro, agora,
És a suprema Dor cristalizada!...
Monja
Ó Lua, Lua triste, amargurada,
Fantasma de brancuras vaporosas,
A tua nívea luz ciliciada
Faz murchecer e congelar as rosas.
Nas flóridas searas ondulosas,
Cuja folhagem brilha fosforeada,
Passam sombras angélicas, nivosas,
Lua, Monja da cela constelada.
Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...
Então, ó Monja branca dos espaços,
Parece que abres para mim os braços,
Fria, de joelhos, trêmula, rezando...
Velhas Tristezas
Diluências de luz, velhas tristezas
Das almas que morreram para a luta!
Sois as sombras amadas de belezas
Hoje mais frias do que a pedra bruta.
Murmúrios incógnitos de gruta
Onde o Mar canta os salmos e as rudezas
De obscuras religiões -- voz impoluta
De sodas as titânicas grandezas.
Passai, lembrando as sensações antigas,
Paixões que foram já dóceis amigas,
Na luz de eternos sóis glorificadas.
Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
Velhas tristezas que se vão embora
No poente da Saudade amortalhadas!...
Ao final da história de sua vida colocarei aqui alguns de seus melhores poemas...
João da Cruz e Souza nasceu em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) no dia 24 de Novembro de 1861 vindo a falecer em Estação do Sítio em 19 de março de 1898, filho de escravos alforriados ele foi um dos maiores escritores afro-brasileiros.
Em sua infância recebeu a custódia e educação do Marechal Guilherme Xavier de Sousa de quem nosso poeta recebeu o sobrenome.
Aprendeu francês, grego e latim em sua educação além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller com quem aprendeu Matemática e Ciências.
Em 1881 Cruz e Souza dirigiu o jornal Tribuna Popular onde ele lutou contra a escravidão e o preconceito racial.
Cruz e Souza chegou a se casar com uma mulher de nome Gavita com quem teve 4 filhos, teve a dor de ver sua mulher enlouquecer, e perdeu todos os seus filhos de morte prematura, enfrentou uma vida de miséria, doenças e humilhações até morrer vencido por uma das mais devastadoras doenças de sua época, a Tuberculose.
Cruz e Souza escreveu poesias a vida toda porém só uma parte foi organizada e publicada pelo próprio: Missal, Bróqueis, Últimos Sonetos e Evocações, porém só viu publicadas as 2 primeiras obras tendo o resto sido publicado pelo seu amigo, o escritor Nestor Vítor.
Música da Morte
A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa...
Onda nervosa e atroz, onda nervosa,
letes sinistro e torvo da agonia,
recresce a lancinante sinfonia
sobe, numa volúpia dolorosa...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga,
tremenda, absurda, imponderada e larga,
de pavores e trevas alucina...
E alucinando e em trevas delirando,
como um ópio letal, vertiginando,
os meus nervos, letárgica, fascina...
Lua
Clâmides frescas, de brancuras frias,
Finíssimas dalmáticas de neve
Vestem as longas arvores sombrias,
Surgindo a Lua nebulosa e leve...
Névoas e névoas frígidas ondulam...
Alagam lácteos e fulgentes rios
Que na enluarada refração tremulam
Dentre fosforescências, calafrios...
E ondulam névoas, cetinosas rendas
De virginais, de prônubas alvuras...
Vagam baladas e visões e lendas
No flórido noivado das Alturas...
E fria, fluente, frouxa claridade
Flutua como as brumas de um letargo...
E erra no espaço, em toda a imensidade,
Um sonho doente, cilicioso, amargo...
Da vastidão dos páramos serenos,
Das siderais abóbadas cerúleas
Cai a luz em antífonas, em trenos,
Em misticismos, orações e dúlias...
E entre os marfins e as pratas diluídas
Dos lânguidos clarões tristes e enfermos,
Com grinaldas de roxas margaridas
Vagam as Virgens de cismares ermos...
Cabelos torrenciais e dolorosos
Bóiam nas ondas dos etéreos gelos.
E os corpos passam níveos, luminosos,
Nas ondas do luar e dos cabelos...
Vagam sombras gentis de mortas, vagam
Em grandes procissões, em grandes alas,
Dentre as auréolas, os clarões que alagam,
Opulências de pérolas e opalas
E a Lua vai clorótica fulgindo
Nos seus alperces etereais e brancos,
A luz gelada e pálida diluindo
Das serranias pelos largos flancos...
Ó Lua das magnólias e dos lírios!
Geleira sideral entre as geleiras!
Tens a tristeza mórbida dos círios
E a lividez da chama das poncheiras!
Quando ressurges, quando brilhas e amas,
Quando de luzes a amplidão constelas,
Com os fulgores glaciais que tu derramas
Das febre e frio, dás nevrose, gelas...
A tua dor cristalizou-se outrora
Na dor profunda mais dilacerada
E das cores estranhas, ó Astro, agora,
És a suprema Dor cristalizada!...
Monja
Ó Lua, Lua triste, amargurada,
Fantasma de brancuras vaporosas,
A tua nívea luz ciliciada
Faz murchecer e congelar as rosas.
Nas flóridas searas ondulosas,
Cuja folhagem brilha fosforeada,
Passam sombras angélicas, nivosas,
Lua, Monja da cela constelada.
Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...
Então, ó Monja branca dos espaços,
Parece que abres para mim os braços,
Fria, de joelhos, trêmula, rezando...
Velhas Tristezas
Diluências de luz, velhas tristezas
Das almas que morreram para a luta!
Sois as sombras amadas de belezas
Hoje mais frias do que a pedra bruta.
Murmúrios incógnitos de gruta
Onde o Mar canta os salmos e as rudezas
De obscuras religiões -- voz impoluta
De sodas as titânicas grandezas.
Passai, lembrando as sensações antigas,
Paixões que foram já dóceis amigas,
Na luz de eternos sóis glorificadas.
Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
Velhas tristezas que se vão embora
No poente da Saudade amortalhadas!...
sábado, 23 de abril de 2011
Primeira postagem
Olá escrevo aqui dando início a primeira postagem do meu blog sobre artes e cultura em geral.O objetivo desse blog é divulgar a boa e velha informação para todos vocês, informação culta, interessante e de todas as áreas.
Começarei contando um breve resumo da história da pintura que serve de plano de fundo do blog, A MADONNA, e de seu criador, Edvard Munch.
Edvard Munch chegou a pintar 5 versões da Madonna entre 1894 e 1895 em ''óleo sobre tela'', uma dessas versões chegava a medir 91 x 70.5 cm.
A versão de Edvard munch para ''Nossa Senhora'' é obviamente um tanto diferente da padrão tendo sua auréola dourada substituída por uma vermelha que simboliza a dualidade do amor e da dor
Edvard Munch foi um pintor expressionista norueguês nascido em Løten, Noruega 1863 e falecido em Oslo 1944.Munch é conhecido principalmente pelo seu célebre quadro ''O grito'' (acima), que é considerado uma das obras mais importantes do Expressionismo, Munch pintou sua obra-prima aos 30 anos.
Alguns historiadores de arte consideram que o tom avermelhado de fundo no quadro O grito, reflete o efeito na atmosfera ao entardecer, depois da erupção do vulcão da Indonésia, Cracatoa em 1883.
Seu quadro retrata a angústia e o desespero.
Começarei contando um breve resumo da história da pintura que serve de plano de fundo do blog, A MADONNA, e de seu criador, Edvard Munch.
Edvard Munch chegou a pintar 5 versões da Madonna entre 1894 e 1895 em ''óleo sobre tela'', uma dessas versões chegava a medir 91 x 70.5 cm.
A versão de Edvard munch para ''Nossa Senhora'' é obviamente um tanto diferente da padrão tendo sua auréola dourada substituída por uma vermelha que simboliza a dualidade do amor e da dor
Edvard Munch foi um pintor expressionista norueguês nascido em Løten, Noruega 1863 e falecido em Oslo 1944.Munch é conhecido principalmente pelo seu célebre quadro ''O grito'' (acima), que é considerado uma das obras mais importantes do Expressionismo, Munch pintou sua obra-prima aos 30 anos.
Alguns historiadores de arte consideram que o tom avermelhado de fundo no quadro O grito, reflete o efeito na atmosfera ao entardecer, depois da erupção do vulcão da Indonésia, Cracatoa em 1883.
Seu quadro retrata a angústia e o desespero.
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